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RAROS ESPECIAL SEXTA-FEIRA 13 EXIBE HORROR MEXICANO DOS ANOS 70.

Projeto Raros da Sala P. F. Gastal (Usina do Gasômetro – 3º andar) apresenta nesta  sexta-feira, 13 de maio, às 20h, a produção de horror mexicana Mais Negro que a Noite, do cultuado diretor Carlos Henrique Taboada.

Quatro amigas vão residir numa antiga mansão, herdada após a morte da tia de uma delas A única cláusula para permanecerem na casa é que cuidem de Becker, um gato negro e arisco que era a única paixão da falecida tia. Após o gato ser encontrado morto, uma força estranha começa a rondar a mansão e atormentar as quatro mulheres. A tensão aumenta quando as amigas começam a ser vitimadas por mortes bizarras.

Apesar de Taboada (1929-1997) ter investido nos mais diversos gêneros, foi no cinema fantástico que ele deixou a sua marca. Seus filmes, mesmo com orçamentos modestos, costumavam se destacar pelo apuro técnico, e pela inventividade como ressoavam em pleno México temas caros ao horror gótico europeu. Crianças perversas, almas atormentadas e seres vingativos povoavam o universo sombrio de seus filmes, transformando sua obra em objeto de culto entre os admiradores do gênero. Em Mais Negro que a Noite (1975), Taboada transpõe habilmente suas referências góticas para um universo urbano e moderno, deixando de lado o bucolismo sombrio de obras anteriores como Até o Vento Tem Medo (1968) e O Livro de Pedra (1969).

Mais Negro que a Noite será exibido numa cópia em DVD, com diálogos em espanhol e sem legendas. A entrada é franca.

Mais Negro que a Noite (Más Negro quela Noche), de CarlosEnrique Taboada (México, 1975, 96 minutos). Com Claudia Islas, Susana Dosamantes, Helena Rojo e Lúcia Méndez.


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VENENO PARA AS FADAS NO PROJETO RAROS

Projeto Raros da Sala P. F. Gastal (Usina do Gasômetro – 3º andar) apresenta nesta  sexta-feira, 17 de setembro, às 20h, o filmeVeneno para as Fadas (Veneno para las Hadas /1984), de Carlos Henrique Taboada.

Um dos grandes operários do cinema mexicano, Carlos Henrique Taboada (1929-1997) dirigiu 19 filmes e roteirizou mais de 70, investindo nos mais diversos gêneros, do western ao drama, mas foi no horror e na fantasia que ele encontrou a sua voz. Suas investidas no horror gótico renderam seus trabalhos mais representativos, obras como Hasta el Viento Tiene Miedo (1968), El Libro de Piedra (1969) e Más Negro que la Noche (1975), se tornaram filmes de culto, influenciando diretores como Guilhermo Del Toro, que costuma citar a grande importância de Taboada na concepção de seu imaginário fantástico.

Produzido em 1984, Veneno para as Fadas (penúltimo trabalho de Taboada para o cinema) nos impõe uma tétrica imersão no universo infantil. A solitária Verônica (Ana Patrícia Rojo) faz amizade com uma nova colega de classe, Flávia (Elsa Maria Gutiérrez). Entre as duas surge uma estranha relação de poder e submissão, onde Verônica convence a nova amiga de que ela não é uma criança comum, mas sim uma poderosa bruxa. A farsa proposta por Verônica vai tomando rumos trágicos, afetando drasticamente a vida das duas crianças. Uma cruel visão da infância, em que o choque entre fantasia e realidade toma rumos inesperados. É notável a influência de Veneno Para as Fadas na concepção de O Labirinto do Fauno, de Del Toro, uma das mais instigantes obras contemporâneas sobre o poder da imaginação infantil.

A sessão será comentada pelo crítico de cinema Carlos Thomaz Albornoz (entrada franca).

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