O ator Giovanni Lombardo Radice (aka John Morghen) divulgou em seu perfil oficial do Facebook uma bela e sombria arte, concebida pela Silver Ferox Design (http://silverferox.blogspot.com/), para a anunciada sequência de ” House on the Edge of the Park”, de Ruggero Deodato. Espero que esse projeto vingue, e não se perca no limbo dos filmes não realizados, como ocorreu com o anunciado “Cannibal Metropolitana”.
Arquivo do mês: outubro 2011
COM A PALAVRA… DARIO ARGENTO!
“O cinema de terror hoje, especialmente o norte-americano, está mais para Playstation. Eu não gosto. É para crianças e adolescentes, não para adultos. Gosto muito mais dos filmes japoneses e sul-coreanos. São muito mais interessantes”.
(Dario Argento)
DIVINA DIVINE
Caso estivesse viva, a divina Divine estaria completando 66 anos neste 19 de outubro. O cinema underground nunca mais foi o mesmo desde que em parceria com John Waters, o robusto Harris Glenn Milstead personificou nas telas figuras insanas, libertárias, psicóticas, escatológicas e extravagantes como Lady Divine (Multiple Maniacs, 1970), Babs Johnson (Pink Flamingos, 1972) e Francine Fishpaw (Polyester, 1981). Divine faleceu em 1988, vitimada por um ataque cardíaco, um mês após o lançamento de Hairspray, seu último trabalho com John Waters.
NOVE E MEIA, O NOVO PROJETO DA ARQUIVO MORTO.
Neste fim de semana engrenamos as filmagens do curta metragem “Nove e Meia”; uma dramática trama de vingança baseada num conto de Rubem Fonseca (Nove Horas e Trinta Minutos, do livro Pequenas Criaturas). Está sendo ótimo trabalhar novamente (desta vez como assistente de direção) com o diretor Filipe Ferreira e o roteirista Ednei Pedroso, os malucos que sustentam com garras afiadas a produtora independente Arquivo Morto. “Nove e Meia” está sendo possível com o apoio de uma equipe técnica corajosa (ou apenas insana), e graças a presença de excelentes atores como Rafael Tombini, Leonardo Machado, Danielle Fogliatto e Herlon Holtz que abraçaram o projeto, mesmo cientes de todas as agruras que uma produção independente tende a enfrentar. Para saber mais sobre o projeto “Nove e Meia” acessem: http://www.noveemeia.com/
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CRIANÇAS SÃO MONSTROS, OU MONSTROS SÃO CRIANÇAS?
“Eu, filho do carbono e do amoníaco,
Monstro de escuridão e rutilância,
Sofro, desde a epigênese da infância,
A influência má dos signos do zodíaco.”
(Augusto dos Anjos)
A infância certamente é uma fascinante época de descobertas e deslumbramentos, mas ao contrário do que as campanhas de marketing insistem em nos vender sempre que o mês de outubro se aproxima, nem tudo são flores e maravilhas neste período da vida. Se o cinema foi pródigo em propagar a infância como uma fase onde impera o lúdico, também foi hábil em retratá-la como uma época sombria, onde traumas são gerados, pesadelos tomam formas concretas, horrores se consolidam além da imaginação e pequenos monstros são engendrados. E é este tétrico universo infantil, de maldade inata e inocência corrompida que mais desperta meu interesse. Porém, como sentenciou Henry James, “ninguém nunca saberá se crianças são monstros, ou monstros são crianças”.
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