Nesta sexta-feira às 23h30 estreia no Canal Brasil a série “TRASH”! O programa dirigido pelo maluco sensacional Christian Caselli será dividido em cinco episódios, realizando um curioso panorama das produções B que surgem e se espalham pelo Brasil feito Gremlins após o banho. O programa reunirá uma tropa exemplar de dementes que acreditam na possibilidade de se produzir filmes de baixo orçamento com tesão e criatividade, movidos com muita paixão e pouca grana. O programa contará com a presença de ícones do cinema independente nacional, como Petter Baiestorf, Fernando Rick, Rodrigo Aragão, e outros malucos como Gurcius Gewdner e até mesmo a participação deste mero escriba do Cinema Ex Machina. Não percam!
TRASH OR DIE!
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É uma pena que, até mesmo entre os cinéfilos fanáticos, tenham um interesse mais aprofundado pelos filmes B. Bom exemplo disso é as atividades do CENA UM, que tentou duas vezes fazer um curso sobre filmes B, mas não conseguiu por falta de gente interessada. Uma pena.
O problema é que muitos cinéfilos (não digo todos) se levam a sério demais para apreciar “filmes B”.
Não vejo problema algum em levar filmes B a sério. Eu, por exemplo, levo mais a sério qualquer filme do John Waters ou do Russ Meyer do que qualquer obra do Godard. Acho que o problema é quando o cinéfilo perde o senso de humor e se prende apenas a um gênero ou a uma estética e encara isso como uma verdade absoluta, ignorando qualquer outra representação cinemática.
O que eu quis dizer é que alguns cinéfilos (realmente não são todos) se acham sérios (cults, intelectualoides, estudados… escolha o predicado da sua preferência) e negam que existam qualidades, por exemplo, no Evil Dead ou até mesmo no Ataque dos Vermes Malditos.
Para esse segmento de cinéfilos, o supra-sumo do bom gosto tem que ser algum filme do Bergman ou Godard.
Eu, particularmente, prefiro ver até mesmo a franquia Re-Animator a ter que assistir uma “maratona Godard”, embora eu reconheça que esse cineasta tem sim suas qualidades.
Sim Isadora, concordo contigo, minha resposta não foi uma réplica, mas um adendo, rs. Eu sou um tanto paradoxal, pois ao mesmo tempo que levo a sério toda espécie de cinema fora do mainstrean (já escrevi um artigo quase antropológico sobre Canibal Holocausto), não levo nem um pouco a sério àqueles que pretendem intelectualizar demais o cinema exploitation. E por mais que eu deteste Godard, não significa que eu não perceba suas qualidades, gosto por exemplo de Band a Part.